Os dias se passavam lentamente na obscura cidade de Lendas Urbanas, em seu bucólico habitat, a Drow (Pantera Nirvana) encontrava-se reflexiva. Já havia se passado sete dias desde o Pacto do Sino de Bronze da Igreja, momento em que as Infernais (Orquidea Metaller e Carol Cazenove) se surpreenderam com a aparição da Drow.
Desde aquele dia, a Drow aguardava com profunda ansiedade o prometido artefato infernal, que lhe proporcionaria uma forma humana, por isso ela sabia que o acordo realizado viria em seu benefício e pensava incansavelmente nos poderosos colares de seda.
Do outro lado da cidade, podiam-se ouvir ruídos, advindos da agitação das duas Infernais que se preparavam para sair. Era chegada a hora! A mulher (Orquidea) recolhe, com sua característica brutalidade, um saco de camurça; em seu interior havia diversos colares coloridos, todos tecidos com uma seda rara e delicada.
Orquidea se sacode agitadamente enquando se dirige a mulher (Carol), partiriam juntas ao encontro dos Elfos. Carol alvoroçada olha para Orquidea e a adverte:
- Guarde com cuidado, esconda bem esse saco de camurça, pois nessa cidade tudo é possível!
Dirigindo-se à porta da Igreja, iniciam a sua jornada até os Elfos, porém um rapaz (ButJohn Beck) que se encontrava próximo a elas, ouve o burburinho que as duas mulheres provocavam e decide, silenciosamente, segui-las.
Orquidea, com sua rapidez mental, identifica instantaneamente a presença do moço, porém percebendo se tratar de um Infernal nada fala, até o momento em que chegam na Caverna dos Elfos, quando o interroga, posto que detestava imprevistos:
- O que você quer homem?
O homem prontamente responde a sua indagação dizendo que apenas as seguia por simples curiosidade. Nesse instante, Carol franze a testa em desagrado e vira-se para ver com quem a succubus falava. Durante poucos segundos Carol analisa o rapaz e esboça um leve sorriso, imaginava que o moço deveria ser mais um dos brinquedos de Orquidea. Olha a sua volta e avista a caverna, suspira profundamente e em seguida esbraveja:
- Mais uma vez aqui, será que a trocinho está por aí? Era dessa forma desprezível que se referia à bela Elfo Drow.
A mulher (Orquidea), embora claramente irritada com a intromissão do rapaz, diz que ele poderia ficar próximo a elas, desde que não a incomodasse, pois o assunto não lhe dizia respeito. Vira-se agilmente para Carol e ordena: - Chame a coisinha preta.
No entando, antes de chamar a Drow, Carol não resiste aos encantos do moço e aproxima-se dele, aspirando seu pescoço com fervor e deleitando-se naquele aroma masculino, que a atraíra tanto. O rapaz assustado com aquela atitude franzia a sobrancelha enquanto explorava com seus olhos o ambiente.
Por instantes Carol esquece seu lado fêmea e vira-se novamente para Orquidea exigindo que ela melhorasse o humor, de modo que a Draw as encontrasse sorridentes; proferia as palavras já adentrando o local da Elfa.
Ouvindo uma voz conhecida, a bela Drow surge, sentindo um arrepio percorrer pelo seu corpo negro, arrasta-se, com notória indisposição, tomando o caminho que a levaria à superfície, mas decide recebê-las de forma acolhedora, pois o artefato que há tanto aguardava seria entregue hoje.
Percorrendo atalhos da floresta, para ir em busca da Drow (Pantera) que deveria estar no underdark, a Elfa de Superfície (Lenora Coage) avista um grupo e aproxima-se para ver o que estava acontecendo, deparando-se com a cena da entrega de colares à Drow.
Orquidea, sentada no chão, abria o saco de camurça e espalhava dezenas de colares tecidos com fios de seda que cobriam a relva, tingindo-a de matizes diversos, pronuncia com um prazer diabólico: - Aqui está o combinado, vista algum deles e observe o efeito!
Carol sorria para Orquidea enquanto procurava em sua mochila o espelho por ela solicitado, para que a Drow pudesse se olhar com o colar de seda. Sente-se, porém, incomodada com a presença daquela outra Elfa (Lenora Coage) que sugira repentinamente. Acena para que o rapaz (But), que só observava o acontecimento, para que ele se aproximasse delas. Tentando esboçar, quase em vão, certa simpatia pela Drow a indaga sobre a guarda do sino.
Os olhos da Drow brilhavam de prazer e percorriam o chão fitando lentamente cada um daqueles lindos colares espalhados, enquanto vestia um deles. Após acenar para a Elfa (Lenora) que sentava-se agora a seu lado, aproximou-se de Orquidea, que tinha nas mãos o espelho, e o encarou - desejava rapidamente ver o efeito do tão belo artefato prometido.
Carol com ironia afirma que a Drow ficara bonita em forma humana e que agora poderia ser "gente", cutucando o diabo para provocá-lo, ao que ele apenas responde: -O que você quer? Em seguida, aponta para a outra Elfa (Lenora) e percebe que não se assemelhava à Pantera, pois Lenora era uma Elfa de Superfície.
Espantada com o reflexo do espelho, Pantera admira a linda mulher na qual havia se tornado, porém sua mente era invadida por várias idéias de tempos idos e embora se soubesse bela enquanto uma Drow, sabia que utilizaria esse disfarce humano em seu benefício. Ao seu lado Lenora apreciava a Drow agora travestida de ser humano, porém questiona a si própria que motivos que a levariam a achar um humano belo, já que para ela isso não seria possível.
Cumprida sua parte no pacto, Orquidea ri timidamente, exprimindo satisfação com a entrega dos colares e questiona novamente sobre a guarda do sino. Carol aproximando-se da Drow com sorriso suave, abaixa a cabeça, para fingir-se acanhada, diz que gosta da Elfa e pergunta seu nome.
A drow afirma que o sino está bem guardado nas profundezas do underdark, fita Lenora, que ainda a encarava com espanto, desejando ardentemente vestir também um daqueles colares.
Pronta para se retirar, Orquidea limpa energicamente sua roupa, todavia antes de partir pergunta se Carol iria com ela ou se iria pedir aquele algo mais para a Drow, um bichinho de estimação que tanto queria.
Pantera Nirvana, já com intenções de se despedir das capetas, anuncia seu nome e diz que irá presenteá-la com um pequeno animal, vira-se e ordena a um de seus vassalos que traga uma pequena aranha negra, entregando-a, logo em seguida à diaba.
O rapaz que ainda estava pelos arredores, sai correndo em direçao à cidade, após ter recebido um telefonema. Orquidea surpreendentemente entrega à Drow um celular dizendo que no aparelho ela poderia encontrar agendados os números dos telefones dela, de Carol e de um tal de Lord, que ela dizia ser seu chefe.
Carol estica a mão pegando a aranha, passa o dedo em cima dela, sorrindo, desejava ter recebido algo de maior porte, mas a ideia do pequeno animal ser peçonhento a agradava e por achar o aracnídeo bizarro disse que o chamaria de Pantera, vira as costas e deixa aquele ambiente. Orquidea, a passos largos, tenta alcançar sua parceira, se afastando, assim, do habitat élfico.
A bela Drow, já exausta, acompanhava detalhadamente os passos de ambas Infernais, que lentamente iam sumindo pela floresta densa, encara a Elfa Lenora, e solta uma estrondosa gargalhada quebrando o silencio deixado pela saída das duas mulheres e profere a seguinte frase:
- Mal sabem elas do que essa pequena aranha negra é capaz!
Lançando ao ar esse mistério, Pantera entra na caverna descendo rapidamente para o underdark, apertando com sua negra mão o pequeno celular como se fosse um tesouro. O que aconteceria às infernais?
Observação: Para melhor compreensão da crônica, está anexada a crônica anterior, Fios de Seda
Crônica por:
Lenora Coage - RP Staff Elfos
Participantes:
Infernais:
ButJohn Beck
Carol Cazenove
Orquidea Metaller
Elfos:
Lenora Coage
Pantera Nirvana